A alergia à proteína do leite ocorre quando o sistema imunológico reage aos alimentos que considera estranhos. Nesse caso, a proteína presente no leite de vaca é o grande vilão.
Quando identificada, o organismo passa a produzir anticorpos específicos (IgE) para destruir as moléculas, desencadeando a alergia. A exposição aos derivados do leite de vaca e a genética são seus principais fatores de risco.
A alergia começa a aparecer logo nos primeiros meses ou até mesmo dias de vida, deixando os pais preocupados e cheios de dúvidas. Por isso, preparamos este post para te ajudar a identificar os sintomas e iniciar o tratamento sem prejudicar a saúde e o crescimento da criança. Não deixe de ler!
Sintomas da alergia à proteína do leite
As reações podem variar e surgir em minutos, horas ou dias após o consumo do alimento.
Em casos mais graves, o cheiro e até mesmo o contato com cosméticos que possuem leite em sua composição desencadeiam os sintomas, que podem ser digestivos, respiratórios e cutâneos.
Digestivos
As reações de ordem digestiva mais comuns são:
- falta de apetite;
- vômito;
- cólicas intensas;
- sangue nas fezes;
- dificuldade para engolir;
- intestino preso;
- diarreia;
- assadura na região anal.
Respiratórios
A alergia à proteína do leite também desencadeia sintomas respiratórios, como os relacionados abaixo:
- obstrução nasal;
- tosse;
- chiado no peito;
- pneumonia.
Cutâneos
Por fim, os sinais cutâneos se caracterizam principalmente pelo aparecimento de placas vermelhas na pele (urticária). Outros sintomas são:
- dermatite atópica (descamação e ressecamento);
- coceira na pele;
- inchaço nos lábios e pálpebras..
Além disso, é comum o aparecimento de outras ocorrências, como baixo ganho de peso e inchaço da laringe, seguido de choque anafilático.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é muito importante e envolve diversas etapas. Em um primeiro momento, o médico faz uma revisão do histórico clínico do paciente. A intenção é analisar a relação entre os sintomas e a alimentação.
Depois são feitos exames laboratoriais com a finalidade de identificar ou não a presença de os anticorpos específicos para a proteína do leite. Por fim, se as suspeitas se confirmarem, recomenda-se a retirada do leite e seus derivados da dieta.
Quanto ao tratamento, como se trata de uma doença que não tem cura, a única forma de evitar os sintomas é adotar um cardápio sem a presença da proteína.
Segundo a médica Ana Paula Moschione Castro, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), há casos em que o paciente pode se tornar tolerante ao alimento por meio da dessensibilização.
Alimentação para bebês alérgicos
Bebês que se alimentam apenas do leite materno podem apresentar os sintomas, por isso é recomendado que a mãe deixe de consumir leite de vaca e seus derivados.
Além disso, crianças com até um ano devem ingerir fórmulas lácteas que não possuam a proteína na sua composição. Após essa idade, a criança precisa ser acompanhada por um pediatra e sua alimentação seguir as orientações indicadas pelo médico.
E então, tirou suas dúvidas sobre a alergia à proteína do leite? Tem mais alguma dúvida? Conte para gente nos comentários abaixo!